Voz estranha...
Mata-me a tua voz
quando a ouço tua
sem qualquer carinho chegado
como antes.
Ela é ríspida e crua,
leva-me a alegria,
põe-me no amor das ruas,
descelebra nossos encantos,
nos impede de sermos amantes
como eu queria.
Mata-me a tua voz
que acabo de ouvir ao telefone
e não tem cor nem nome
e encontra-me quase morto,
um mal-assombro
caçando o sol das madrugadas.