Sussurrando ao Vento

Sussurrando ao Vento

Lá na alta montanha,

vislumbro a paisagem

exuberante, sem deleite.

Para lá doutros montes

a minha amada desliza,

vogando, no lago azul.

Invectivo o vento que passa

e lhe rogo que se faça brisa

ondulando fresca na distância.

E que, nessa brisa, carregue

todos os murmúrios de meu ser

e os deposite em seu seio.

Que, gentil, um toque sensual

seja meus lábios que beijam

os seus e a sua face de lírio.

Que, esse toque se prolongue

e seja minhas mãos febris

tocando os seus cabelos soltos.

Depois, vento, retorna célere,

terás as merecidas alvíssaras,

e libertar teus rugidos de furor.

Na noite, parindo mil pesadelos,

poderás dançar com as tormentas

que, em mim, são perpétua solidão.

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Poeta sem Alma
Enviado por Poeta sem Alma em 17/03/2017
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