Porto Seguro...
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" Pai
Me perdoa essa insegurança
É que eu não sou mais aquela criança
Que um dia morrendo de medo
Nos teus braços você fez segredo
Nos teus passos você foi mais eu "
Fábio Jr.
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Papai...
Sinto-me como o veleiro à deriva
Meu sentir meu pensar em alto mar
Naufragados na saudade
De todas as saudades sentidas...
Lágrimas são velas acesas
São chamas sangrando..
É o reflexo do meu coração em prantos
São sentimentos sem leme sem capitão...
Sinto a solidão como uma onda
A onda que arremessa meu ser-eu...
Contra o meu ser-eu-teu; sinto a sua falta...
Sinto-me arrebentando nas ondas
Dói-me ser a solidão
Não ter aquele abraço...;
Tenho o silêncio da natureza
De madrugada a companheira
E com ela me sinto emersa...
Dói-me a ausência, dói-me a escuridão.
Dói-me o reflexo dessa solitude reinante
Tudo que vive intensamente
Transformou-se em solidão...
Visto do reflexo da minh’alma
O tempo senhor das respostas
Não me diz realmente nada
Pequena porção em mim se esvaia
Não contemplo princípio nem fim
O vazio clama por mim
Sinto doer à melodia; o meu nome.
Dói-me ser a filha da solidão
Não ter a destra de outrora
Sou filha, sou poetisa, sou mulher...
O destino quis assim, sou despedida.
Hei de ser flor solitária entrelaçada
Que vive em meio o distanciado
E finalizar em meio o nevoeiro...
Dói-me por tudo...
Meu Senhor...
Meu Porto Seguro...
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