Sumir
Eu queria saber voar
Mas de asa quebrada não consigo
Não sei quando ela se quebrou
Ou se ao menos se formou
Sei que se sou pássaro
Não sei voar
Se sou cão
Não sei latir
Se sou gato
Não sei escalar
Se sou cavalo
Não sei correr
Se sou abelha
Mel, não sei fazer
E vivo a espera de saber
Uma coisa, a coisa que sei
Porque todo que nasce, isto,
Com certeza, sabe fazer
Viver (ou sobreviver) para enfim morrer