Encurtando caminhos
Foi a vida, sim, que quis assim,
sorriu de mim e mudou tudo.
Li nas letras das noites quase mortas
que me fecharam as portas,
esconderam-me as janelas,
donas de lindas luas
e fui então às ruas,
confessar-me.
No substrato d’alguma solidão,
dei-me às mãos,
na galharia torta das árvores visitadas,
nas aléias de álmicas estradas,
meus jardins quiseram
que as flores dos meus pés pisassem.
E então a vida tudo deu
a esse zíngaro feito eu
preludiando viagens,
encantando caminhos.
fazendo arte,
sorrindo e chorando....viveu!