PARADAS PARALELEPÍPEDAS
Tudo chora a sua falta...
Num longo tormento
paralisou se o tempo.
As horas já não passam
e as noites tão vazias,
já não tem alegria.
As estrelas se recolheram
e as nuvens escuras,
não me deixam ver
o brilho do luar.
Tudo ficou deserto
e sem razão de ser.
Até as avenidas e praças,
entristeceram se com sua ausência;
enquanto as ruas solitárias,
vão morrendo uma após outra,
de paradas paralelepípedas.
Sinto que dentro de mim,
uma última chama de esperanças,
também vai chegando ao fim.
Uma lágrima fria,
que desse no meu rosto,
vem fazer-me companhia,
neste longo tormento
em que me vejo,
ausente do seu calor
e carente de seus beijos.
Nova Serrana (MG), 07 de agosto de 2007.