Caverna

Não vejo o sol porque estou trancafiado

Num poço desiludido

Não sinto o vento porque perdi a sensibilidade

Que era tudo quanto restara do meu corpo desvalido

A escuridão se alimenta dos dias amargos

Em que meu ego já não se fala mais porque foi

Sabotado por um sentimento cruel

Que fora aplicado

Doravante lutarei com garra para quebrar

As correntes da caverna maldita

E sair dessa nuvem sombria

Onde fui enclausurado

Jilmar Santos
Enviado por Jilmar Santos em 17/02/2017
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