Dor dilacerante
Deitada sobre aquele tapete azul, flutuo sobre a saudade,
balanço suavemente nas ondas das sensações que ainda estão na mente.
Fecho os olhos para sentí-las ao máximo que conseguir.
Lembro das trocas, das tristezas compartilhadas, dos risos incontidos. Da confiança depositada.
As recordações em lágrimas se misturam ao sal do mar.
São tão pesadas e doloridas que desceriam até o fundo do oceano sem serem diluidas.
Abro os olhos e vejo o céu embaçado.
As nuvens parecem saber que só aquelas águas não seriam suficientes para lavar minha alma.
Só a chuva de Deus poderia sarar a dor daquela partida.