Dor dilacerante

Deitada sobre aquele tapete azul, flutuo sobre a saudade,

balanço suavemente nas ondas das sensações que ainda estão na mente.

Fecho os olhos para sentí-las ao máximo que conseguir.

Lembro das trocas, das tristezas compartilhadas, dos risos incontidos. Da confiança depositada.

As recordações em lágrimas se misturam ao sal do mar.

São tão pesadas e doloridas que desceriam até o fundo do oceano sem serem diluidas.

Abro os olhos e vejo o céu embaçado.

As nuvens parecem saber que só aquelas águas não seriam suficientes para lavar minha alma.

Só a chuva de Deus poderia sarar a dor daquela partida.

ZR
Enviado por ZR em 03/02/2017
Código do texto: T5900982
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