Hoje, o mar em mim está revolto...
ondas violentas... a tempestade.
Tenho medo desta ameaça...
É a chegada da saudade...
Da solidão que me trespassa,
Mãos tenazes
apertando-me o peito.
Perversas feridas se abrindo...
cicatrizes sem solução e jeito.
A tua ausência me perpassa.
Não descem pelos meus olhos
estas águas salgadas
de ardor intenso
no vazio do nada.
Mas a solidão é profunda...
De gosto amargo
meu ser inunda.
No mar agitado de revolta...
Entre ondas tempestuosas
navego! Haverá volta?
Como um barco à deriva
sem remos e velas,
que não se esquiva
de ondas e recifes
Navego perdida
na imensidão de águas negras
sem porto...sem guarida.
Que vazia é a sensação
de olhar-te na moldura,
Que enfeita minha solidão!
Najet, Jneiro de 2017
28/01/17 05:22 - Paulo Miranda (Obrigada, querido mais que Poeta)
Se com o perverso
me debato
com o verso
é que o combato...
-.-.-.-.-.-.-