Últimos dias
Últimos dias
Inquieta minha alma, dor, medo
Busco nas lágrimas que percorrem
À trilha da tristeza desenhada
Na minha face cheia de incertezas
Ponho na balança da justiça
Todas as minhas ações
Aonde errei tentando acertar
Busquei valores nas pessoas
Pensei conhecer suas Almas
Triste mesmo é tentar se enganar
Semear paixões, amores, gratidão
Eu dei flores, às rosas mais lindas
As melhores do meu jardim
Eram o melhor de mim
A cada semente de amor plantada
Regada fui ter extremo cuidado
Era semente, sim era parte de mim
Fragmentos do meu coração
Que com carinho entreguei
Em tuas mãos; pobre de mim
Como fui ingênuo assim
Confiar o meu diamante
À alguém errante um ser insensível
Que não sabe difereciar
Uma pérola! das bolotas deixadas
Por ela no meu jardim
Inquieta minha alma!
Torne-se noite os meus olhos
Grite meu coração pela dor
Desse amor arrancado de assim
Deixando o vazio infeliz
Até os últimos dias, triste sina
Viver assim, vagar dentro de mim
Entre os seres vivos alegres
Neste dia onde à dor desse amor
Ficou marcada à ferro em brasa
No meu coração com dor
Hoje me chamo solidão!
Ricardo do Lago Matos