RESTOS DE NADA
 
Alguns minutos para a meia-noite,
E meu coração tranquilo
Observa o olhar de um morcego lento
Que me acompanha na narcolepsia das drogas.
 
Divagando em versos escuros de sono,
Tentando conduzir uma taça de abandono
Vou deixando a noite para trás.
Subindo o tempo,
 
Vagando as horas,
Termina a vigília, rastros da Aurora.
Meu coração tranquilo,
Como se fosse o despertar de um vampiro,
 
Entrega-se novamente na confusão.
Tenho em mim uma idade ultrapassada,
Não consigo me adaptar a nada
E o que me resta todos os dias somente, é a Solidão.  
Agmar Raimundo
Enviado por Agmar Raimundo em 24/01/2017
Reeditado em 24/01/2017
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