Desespero
Desespero
Cadê você ?
deito viro rolo na cama
Um espaço vazio no peito de quem ama; passo a mão no cabelo
O grito cala na garganta
A dor intensa persistente
Desespero, desatino
Melancolia destrói um ser
Viver assim não há quem aguente
Envenenando minha alma
Esse amor num ácido virou
Quemando-me mais que lambada de serpente vivo minha dor
Existo ! será que vivo estou ?
Emprignado nesse vazio
O desespero és moradia que
Pra minha eterna agonia me restou
Que fim estranho para um
Caboclo sonhador que vivia
Embalado na alegria
Felicidade era o amor
Carregado no peito com orgulho
Era sua vida esse amor
Hoje paro pergunto aonde estou
Entre o desespero e vazio
O abandono fora a companhia
Que a mim restou
Viva hoje, sorria, alegre-se
Lute pela luz dos seus dias
Pois o brilho dos meu olhos
O calor do meu corpo
O amor da minha vida
Como pássaro assustado
Bateu asas com força
Voando pra muito longe
E o ninho vai vazio ficou
Dói muito, dói muito !
O meu amor me deixou !
Ricardo do Lago Matos