DESATINO
A espera estava a esperar,
Mas o tempo não a esperou,
O tempo se foi em silêncio
E da espera restou somente a dor.
E assim, caminha sistematicamente o destino,
Fazendo da existência um contínuo desatino,
Vagando por jardins estéreis, em devaneios
De um pesado avesso ardente sem sentido,
Sem afeto, sem beleza e sem carinho.