Incoerência errante

Diga-me, diga-me... Estou de joelhos perante a loucura

Todos esses pensamentos alucinantes não vistos, esse misto de desespero e solidão não compreendidos

Esse buraco em minha alma... Não, eu não posso me dar ao luxo de rotular algo que apenas finjo ter

Se há alguém imaginando esse mundo e pondo em um papel, diga-me, poderás mudar meu roteiro?

Todo o eu que será preciso desvendar esta em pedaços sendo jogados ao fogo, sendo caçados rudemente como um tesouro sem valor

Neste mundo desprovido de cores e distorcido, me tornei algo imutável e atordoado de memória que não são minhas

Cobrando os números de uma ilusão de dores realistas

Diga-me, qual a verdadeira razão de se ler um livro cujas páginas não podem existir?

Luisa Grzesczyczen
Enviado por Luisa Grzesczyczen em 24/11/2016
Código do texto: T5833096
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