Incoerência errante
Diga-me, diga-me... Estou de joelhos perante a loucura
Todos esses pensamentos alucinantes não vistos, esse misto de desespero e solidão não compreendidos
Esse buraco em minha alma... Não, eu não posso me dar ao luxo de rotular algo que apenas finjo ter
Se há alguém imaginando esse mundo e pondo em um papel, diga-me, poderás mudar meu roteiro?
Todo o eu que será preciso desvendar esta em pedaços sendo jogados ao fogo, sendo caçados rudemente como um tesouro sem valor
Neste mundo desprovido de cores e distorcido, me tornei algo imutável e atordoado de memória que não são minhas
Cobrando os números de uma ilusão de dores realistas
Diga-me, qual a verdadeira razão de se ler um livro cujas páginas não podem existir?