ARIDEZ EM ESSÊNCIA PERDIDA
Os meus passos cansam-me pelo vagar do destino,
Busco no passado a leveza do seu sorriso,
A alegria do prazer dos tempos idos,
Mas hoje só tenho o meu caminhar clandestino.
Tento descansar nas sombras das árvores,
E com alento sou agraciado por coloridas borboletas,
Que bailam a minha volta afastando a tristeza.
E assim, devaneio-me livre do frio do mármore.
O destino presenteou-me com sua gélida crueldade,
Colocou-me a vagar pela poeira seca do sertão,
Caminhando para um horizonte de solidão.
Lá onde a tormenta se forma não existe felicidade,
Não há solo fértil para o cultivo de minha existência,
E assim, os dias se passam e vou perdendo minha essência.