Solidão Infinita
Solidão Infinita
Subo o monte
e perco meu olhar
na encosta verde
ondulando na brisa.
Mais além, no vale,
fixo-me no casario
de pedra anosa.
Tudo descansa,
no cume estival
fustigado do sol
impiedoso do sul...
Desço, lentamente;
embrenho-me na mata
procurando sombra
e aliviando meu penar.
E as aves silenciam
a sua inquietude
face ao desconhecido...
Perto, o rio murmura
baladas de coaxar
e no serpenteado
da sua serenidade
toco com minha mão
no seu dorso frio.
Em concha, levo
água fresca, ávido,
a meus lábios secos.
E na solidão do lugar
me desnudo
e lanço meu corpo
fremente no agradável leito.
Mas outra solidão
me tortura mais ferina...
Neste paraíso natural,
Tu, estás ausente!
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