Solidão Infinita

Solidão Infinita

Subo o monte

e perco meu olhar

na encosta verde

ondulando na brisa.

Mais além, no vale,

fixo-me no casario

de pedra anosa.

Tudo descansa,

no cume estival

fustigado do sol

impiedoso do sul...

Desço, lentamente;

embrenho-me na mata

procurando sombra

e aliviando meu penar.

E as aves silenciam

a sua inquietude

face ao desconhecido...

Perto, o rio murmura

baladas de coaxar

e no serpenteado

da sua serenidade

toco com minha mão

no seu dorso frio.

Em concha, levo

água fresca, ávido,

a meus lábios secos.

E na solidão do lugar

me desnudo

e lanço meu corpo

fremente no agradável leito.

Mas outra solidão

me tortura mais ferina...

Neste paraíso natural,

Tu, estás ausente!

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Poeta sem Alma
Enviado por Poeta sem Alma em 16/11/2016
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