Trovoadas

Sabe, aquela solidão

que aperta o peito,

desarvora a gente

e deixa sem jeito ?

Sabe, aquela tristeza

que nasce devagar

e que de repente

está em todo lugar ?

Sabe, aquela falta,

aquela muda agonia

de saber-se longe

o que se queria ?

Por isso essas trovas,

trovoadas sem água,

ecoando no sêco;

estéril peito, mágoa!

Riva
Enviado por Riva em 27/07/2007
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