HORIZONTE EM CINZAS
Caminhando em direção ao horizonte perdido,
Vejo-me desolado em meio a um jardim árido.
Não há flores a sustentar o meu semblante pálido,
Neste contexto de desilusão de um sonho destruído.
Na aridez da poeira da existência vejo-me em decepções,
A esperança destruída e a tempestade no horizonte.
Sedento, procuro saciar-me nas águas ausentes nas fontes,
Onde encontro somente o sustento das ilusões.
Em meus caminhos não vejo mais a pureza da infância,
Os amores da juventude se perdem cada vez mais na distância,
E o vagar pela vida vai completando o seu enredo.
Resta a me somente o meu ser no subsolo recolhido,
Tentando em vão anestesiar os meus sentidos
E conter as pétalas que escapam entre meus dedos.