Leva meu olhar
Leva minha luz
Apaga tudo
Deixa o silêncio sem ecos.
Rastros são apagados pelo vento.
Palavras arquivadas na memória.
O timbre de sua voz
aguda e masculina.
A bater no vidro da janela
E escalada para o sorvedouro
de todas as saudades.
Leva meu olhar.
Leva minhas fotografias.
Leva minhas memórias
E, deixa o esquecimento latente
E explicações inexplicáveis.
Nem um bilhete.
Nem um adeus.
Nem um monossílabo.
Nada restou.
O deserto se preencheu de lágrimas
E dos camelos perdidos
em trilhas mágicas.
Sem tapetes.
Com o tempo, sobrou tão pouco.
Uma sede intrínseca.
Uma fome explícita.
Uma roupa rota
Marcada por gestos de dor ou amor.
Levou meu olhar.
Levou meus olhos fechados.
Meus desejos profundos
Soprados em velas,
em rituais da compaixão.
Leva minha luz
Apaga tudo
Deixa o silêncio sem ecos.
Rastros são apagados pelo vento.
Palavras arquivadas na memória.
O timbre de sua voz
aguda e masculina.
A bater no vidro da janela
E escalada para o sorvedouro
de todas as saudades.
Leva meu olhar.
Leva minhas fotografias.
Leva minhas memórias
E, deixa o esquecimento latente
E explicações inexplicáveis.
Nem um bilhete.
Nem um adeus.
Nem um monossílabo.
Nada restou.
O deserto se preencheu de lágrimas
E dos camelos perdidos
em trilhas mágicas.
Sem tapetes.
Com o tempo, sobrou tão pouco.
Uma sede intrínseca.
Uma fome explícita.
Uma roupa rota
Marcada por gestos de dor ou amor.
Levou meu olhar.
Levou meus olhos fechados.
Meus desejos profundos
Soprados em velas,
em rituais da compaixão.