PASSANDO A LIMPO
No silêncio dos meus dias
respiro fundo
para acalentar a solidão
e desacelerar o coração.
O cérebro recebe a mensagem
e deixa sangue
calmo como um rio
correndo no leito do corpo.
Nas minhas noites de insônia
digito estrelas nas teclas do céu,
ouço o soprar do vento
varrendo o ventre da madrugada.
Noite longa no arfar de quatro paredes,
nó na garganta, olhos úmidos,
no vale de lágrimas.
Este é o mundo embrulhado nos mistérios,
entre muralhas e ante sala de espera,
tarda mais não falha, no afagar do viver...