Minha cruz e calvário

Soa-me tão estranho...
Surgir no palco da vida...
Atrever-me...
Pensar sobre o mundo...
Insólito pensamento...
A viajar sem rumo,
A penetrar escuros
Soa-me deveras estranho...
Que em nada eu me assente,
Ou me encontre...
Que eu vague estrangeiro,
Por dentro e por fora,
Que eu me sinta distante,
De algum porto real,
E que neste abismal mergulho insano,
A realidade que sou...
Eu nunca vá me lembrar!

Cesar Machado Sema
Cesar Machado Sema
Enviado por Cesar Machado Sema em 26/10/2016
Reeditado em 17/02/2017
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