RESTOS
no porta-retrato a foto envelhecida
guarda vestígios da despedida
no quarto a cama em desalinho
não é mais um ninho
sobre o criado-mudo um rosário ateu
divide o espaço com um diário sem confidências
pelas paredes passeiam silêncios cheios de ecos
sorrisos perdidos, lágrimas sêcas
sussurros altos, gritos silenciosos
sobre a mesa um vaso serve de sepultura
para um buquê de flores mortas
enquanto que pelo ar transitam sentimentos partidos ao meio
esperando que a linha do tempo os tornem inteiros
sobre a escrivaninha algumas palavras
imprecisas, indecisas
mostram o rascunho de um amor
que findou, mas não morreu....
(Imagem: Lenapena)
no porta-retrato a foto envelhecida
guarda vestígios da despedida
no quarto a cama em desalinho
não é mais um ninho
sobre o criado-mudo um rosário ateu
divide o espaço com um diário sem confidências
pelas paredes passeiam silêncios cheios de ecos
sorrisos perdidos, lágrimas sêcas
sussurros altos, gritos silenciosos
sobre a mesa um vaso serve de sepultura
para um buquê de flores mortas
enquanto que pelo ar transitam sentimentos partidos ao meio
esperando que a linha do tempo os tornem inteiros
sobre a escrivaninha algumas palavras
imprecisas, indecisas
mostram o rascunho de um amor
que findou, mas não morreu....
(Imagem: Lenapena)