A Saga de um Pulguento
Eu, perdi os meus níqueis
Naquele velho porto do leste
Desde então eu apenas caminho
Por estradas nunca antes mapeadas
Adeus, a-deus, Deus?
Eu, já dormi com os cães
Roendo os seus ossos mofados
E sendo roído por eles também
Deixe-me no chão,
Eu já tenho as minhas pulgas
A peste não tarda em chegar
Chove chuva forte na tarde de domingo
Cai a pétala jovem do vermelho hibisco
Cão sarnento sem ter onde morar
A dor da fome não é pior que a da solidão
Portas fechadas, um mundo aberto
Corações de neon brilhando no escuro
Deixe-me no chão, nesse ocioso chão
Eu já tive dias piores, esse é apenas mais um
Adeus, a-deus, Deus?
Os anos, tornaram-se eles todos iguais
Enquanto sutilmente ignoro os meus erros
Você lentamente se vai, se vai?
Brigando pelas sobras do mundo
Eu espero pelos dias suaves de junho
Meu presente neste natal que se aproxima
Será apenas algum outro osso qualquer
Que meus dentes quebrados relutam em roer.