Erma de face direta, olhar corajoso traído o sonho nefasto
Com você uns debéis sinais das mãos que só confortam
O estar conforme a doce melodia que se reparte dolorida
Numa morte sonolenta desejar mais caro do humanizar-se
Teu amor diligente num carrear-se das lágrimas distantes
Sofrimento como pendor de que olhará as ruínas fendidas
E sofrerá a dor atômica dos olhares vítreos do pesadelo
Cálida e calada, sorria devagar como aprendeu silenciada
Ver morrer os doutores e doentes das cidades fantasticas
De um cogumelo espantoso de ardores sem amores frios
O enfarte de segredos dos corações, dores que assiste
Na glória de seus pesadelos vitoriosos, queridas tumbas
Teu olhar que viu o abismo entornado nos mil infernos
Poeira irradiada que te mancharia a vitória de sua vida
Alguém que a vê não lhe censurará da vida sobrevivida
A concorrida luta da vida que te conspira nuclear jogatinas
Viste na encobertada infâmia dos cegos a fome dos filhos
Colhes na sinecura de uma religiosa mentira desavisada
A chorar imenso entre favores e chuvas negras seminadas
Sua face a despertar a poeira de seus olhos já farsantes
Um deserto de temores que revivem um passado santo
Ela que veio, o rosto a fugir da ilusão, no delicado rosário
Flores de mistérios empertigadas em folhas verdes nuas
O desencanto de sofrer sem ninguém a desesperar faminta
Sua verdade é a de quem assiste a desilusão sem cenários
Parte de si a conjugar a vida que atomizada se feriu demais
Um jeito de vir como a desembaraçar vidas lamentadas
Querer ser o que te adverte um cavaleiro despido falecido
De olhares imensos a ver o despertar dos caídos na areia
Sua vontade de curar si mesmo que outros já adoeceram
Aos rés do chão elementar ou roído por vermes radiantes
A gente que se perdeu na agonia dos angustiados rudes
A vontade lhe resta pra confortar os que agora tombam
Suadas em mãos cansadas, perdida com salvaguarda vã
Esta que nos brilhará insurgente na escuridão diamantina!