Breve brisa
faz-me acreditar no vento
Eu sinto o vento.
Sinto a sua carícia.
Ouço seu assobio.
E o silêncio dá a trega
na tempestade.
Molha-se o chão...
pedras escorregadias
fazem dos passos,
prováveis tombos
O chão liso e molhado
é armadilha
e desconfiada passo
lentamente.
Breve brisa
faz-me acreditar no tempo
Sinto a primavera incipiente
Flores mínimas
perfumes sutis
e a relva dançarina
com cheiro de anis
A embriagar-me
da poesia óbvia
do contrassenso
Nada faz sentido.
O sentido faz nada
A brisa sussura segredos
Jamais ditos
que viram doenças.
Febres transformam corpos
em fogueiras...
Ardendo nas inquisições
da consciência.
Não confesso minha culpa
Não vejo a culpa alheia.
Não tropeço na culpa.
Nos tapetes vermelhos
da vergonha.
Sinto o chão crescer
E a vontade de desistir.
De descer o umbral
descansar o corpo
e partir só vestida de alma.
Para como um monge
sentir o vento,
sentir o improvável,
sentir nos instintos
o animal dominado
que nos transformamos
em adestrado
Para finitude burlesca
do entardecer.
faz-me acreditar no vento
Eu sinto o vento.
Sinto a sua carícia.
Ouço seu assobio.
E o silêncio dá a trega
na tempestade.
Molha-se o chão...
pedras escorregadias
fazem dos passos,
prováveis tombos
O chão liso e molhado
é armadilha
e desconfiada passo
lentamente.
Breve brisa
faz-me acreditar no tempo
Sinto a primavera incipiente
Flores mínimas
perfumes sutis
e a relva dançarina
com cheiro de anis
A embriagar-me
da poesia óbvia
do contrassenso
Nada faz sentido.
O sentido faz nada
A brisa sussura segredos
Jamais ditos
que viram doenças.
Febres transformam corpos
em fogueiras...
Ardendo nas inquisições
da consciência.
Não confesso minha culpa
Não vejo a culpa alheia.
Não tropeço na culpa.
Nos tapetes vermelhos
da vergonha.
Sinto o chão crescer
E a vontade de desistir.
De descer o umbral
descansar o corpo
e partir só vestida de alma.
Para como um monge
sentir o vento,
sentir o improvável,
sentir nos instintos
o animal dominado
que nos transformamos
em adestrado
Para finitude burlesca
do entardecer.