Jangada

Janganda

Me lanço nesse mar de ilusão

Mergulho de cabeça sem medo

Todavia com a certeza de que mesmo que use de todas as minhas forças ao nadar contra a maré as incertezas vão me alcançar

Na fragilidade do meu ser

Continuo buscando forças de onde não as tenho

Me resiguino , jamais desisto

pequenino por nada ser

Essa pequena fração da criação que não entendo por que sou jogando com tanta força por esse mar de ilusão

Nessa tormenta que quase me despedaça  quando me arremessa ora nas pedras que ė destruição certa ,ora contra o cais

Meu porto seguro pra mim sempre está escuro escuro

Mais não me perco nesta escuridão

Pois tenho meu farol acesso

mostrando sempre caminho

do meu ingênuo coração

Ele me guia nas noites frias ,as mais difíceis pra um marujo

Sozinho nessa jangada tão pequenina mais danada

Que sempre vai da imensidão do mar

Sem medo de partir, quiçá sabendo o rumo

Mais sempre com a certeza de chegar...

Ricardo do Lago Matos

Ricardo Matos
Enviado por Ricardo Matos em 12/09/2016
Reeditado em 23/03/2017
Código do texto: T5758343
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