Jangada
Janganda
Me lanço nesse mar de ilusão
Mergulho de cabeça sem medo
Todavia com a certeza de que mesmo que use de todas as minhas forças ao nadar contra a maré as incertezas vão me alcançar
Na fragilidade do meu ser
Continuo buscando forças de onde não as tenho
Me resiguino , jamais desisto
pequenino por nada ser
Essa pequena fração da criação que não entendo por que sou jogando com tanta força por esse mar de ilusão
Nessa tormenta que quase me despedaça quando me arremessa ora nas pedras que ė destruição certa ,ora contra o cais
Meu porto seguro pra mim sempre está escuro escuro
Mais não me perco nesta escuridão
Pois tenho meu farol acesso
mostrando sempre caminho
do meu ingênuo coração
Ele me guia nas noites frias ,as mais difíceis pra um marujo
Sozinho nessa jangada tão pequenina mais danada
Que sempre vai da imensidão do mar
Sem medo de partir, quiçá sabendo o rumo
Mais sempre com a certeza de chegar...
Ricardo do Lago Matos