Ais

Ais

Venho juntar as minhas lágrimas.

Às tuas já tão sofridas.

E também as minhas mágoas.

Tão dolorosamente sentidas.

Junto o meu pranto ao teu.

Que formarão essas fontes.

Que refrescarão caminheiros.

Ao passarem pelos montes.

São chagas abertas e vivas.

Que persistem no meu peito.

São mil vidas numa vida.

E uma vida que quer vida

Mas que não lhe encontra o jeito.

Ai de mim o que farei.

Como foi cruel meu destino.

Pois que de pai e de mãe.

Triste foi o seu viver.

E de filho o que criei.

Comigo vive a sofrer.

Ai destino ai destino

Ai de mim o que farei…….

De: pedacinhos de mim

Tétita Etelvina Costa

Julho de 2007

Tetita ou Té
Enviado por Tetita ou Té em 22/07/2007
Código do texto: T574951
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