HORIZONTE DISTANTE
A cada batalha surgem novas feridas,
E dores ao contemplar as cicatrizes,
Em um jardim estéril sem as flores da vida
Sigo vagando por vales secos, sem raízes.
Entre multidões, sinto-me sozinho,
Procuro em mim mesmo o alento,
Mas recordo dos perdidos carinhos,
E vejo anestesiados meus sentimentos.
Outra batalha virá para sangrar meu coração,
Tentarei em meio à dor encontrar forças para lutar,
Temendo sobreviver e retornar à solidão,
Para viver nos porões em lágrimas a derramar.
Observo no espelho minha face envelhecer,
Anunciando que o tempo se perdeu da felicidade,
Colocando-me cada dia mais a entristecer,
Alimentando o meu ser de contínua saudade.