Soprar do vento
A tarde se foi e a noite promete vir inquieta
Companhia da chuva, e pés emborrachados
Que passam levando a água, para a sarjeta
E aos passantes, vai deixando encharcados
É noite, e o doce líquido do céu, agora desce
Mais veloz, traz luzes e sons, feito estrondo
Dizendo para que veio, e de calor não aquece
A matéria, e assim o seu poder, vai impondo
E as horas adentram, levam esse pensamento
Para um lugar tão distante daqui, é a solidão
Escrevendo teu nome, e se te chama o vento
Ouve, e olha para as linhas desse meu coração.