Perdido
Não por acaso me chamam de distraído.
Num tempo que não volta ando perdido.
Entre tudo que diante está, sem alcance.
Do querer, intocável e distante.
Não prometo estar aqui até amanhã.
Não persiga o âmago oprimido.
As velas acesas iluminam os retalhos,
mas nem mesmo meu coração me pertence.
Até parece sonho, sem a doce magia.
Sonho de amor, uma linha interrompida.
De trás para frente, esperanças murchas.
Os excertos de uma era abandonada
brindam a essência desmembrada.
Estou distraído com o meu próprio caos,
Ocupado demais para me refazer.
Há dúvidas insólitas permeando a força.
O medo de ter medo é o melhor porta-voz.
Boa noite! Gostaria de agradecer aos amigos e leitores que respeitaram minha ausência e me deixaram lindas mensagens. Desculpem-me não poder responder, saibam que li todas e agradeço imensamente a consideração.
Desejo a todos um ótimo domingo!