Perdido

Não por acaso me chamam de distraído.

Num tempo que não volta ando perdido.

Entre tudo que diante está, sem alcance.

Do querer, intocável e distante.

Não prometo estar aqui até amanhã.

Não persiga o âmago oprimido.

As velas acesas iluminam os retalhos,

mas nem mesmo meu coração me pertence.

Até parece sonho, sem a doce magia.

Sonho de amor, uma linha interrompida.

De trás para frente, esperanças murchas.

Os excertos de uma era abandonada

brindam a essência desmembrada.

Estou distraído com o meu próprio caos,

Ocupado demais para me refazer.

Há dúvidas insólitas permeando a força.

O medo de ter medo é o melhor porta-voz.

Boa noite! Gostaria de agradecer aos amigos e leitores que respeitaram minha ausência e me deixaram lindas mensagens. Desculpem-me não poder responder, saibam que li todas e agradeço imensamente a consideração.

Desejo a todos um ótimo domingo!

Marisol Luz (Mary)
Enviado por Marisol Luz (Mary) em 20/08/2016
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