LIXO URBANO

Perambula sem rumo

em direção contrária a vida,

uma alma viva, um corpo perdido

nos labirintos da vida, na cidade de inimigos.

Sozinho, ignorado, mas visto,

é mendigo a esmolar uma palavra, um sorriso,

não percebido, estar perdido, a calçada te acolhe

é seu mundo, a sua casa, a sua família.

Que dor me dar, a te ver assim

sozinho esquecido na multidão,

são as leis da vida, se não tem flores nas mãos

a dor te acalenta, a olhar perdido o horizonte.

Esquecido, abandonado, um lixo urbano.

vagueia conforme os vendavais da vida,

porque estar só, não teve direito ao sorriso

ó maldito, a rua é sua casa, a sua única amiga.

Perambula desprezado sem destino,

não possui nada, a rua te destina á solidão,

pobre de te ó maldito, teus olhos brilham,

mas ninguém te percebe, tu és um lixo urbano.

LAZARO MARTINS
Enviado por LAZARO MARTINS em 09/08/2016
Reeditado em 10/04/2024
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