LIXO URBANO
Perambula sem rumo
em direção contrária a vida,
uma alma viva, um corpo perdido
nos labirintos da vida, na cidade de inimigos.
Sozinho, ignorado, mas visto,
é mendigo a esmolar uma palavra, um sorriso,
não percebido, estar perdido, a calçada te acolhe
é seu mundo, a sua casa, a sua família.
Que dor me dar, a te ver assim
sozinho esquecido na multidão,
são as leis da vida, se não tem flores nas mãos
a dor te acalenta, a olhar perdido o horizonte.
Esquecido, abandonado, um lixo urbano.
vagueia conforme os vendavais da vida,
porque estar só, não teve direito ao sorriso
ó maldito, a rua é sua casa, a sua única amiga.
Perambula desprezado sem destino,
não possui nada, a rua te destina á solidão,
pobre de te ó maldito, teus olhos brilham,
mas ninguém te percebe, tu és um lixo urbano.