Qual é o Meu Destino?
O silêncio infindo das almas que sonham
É como um eco no entardecer das eras
É como o silvo dos que longe voam
Emitindo ruidosamente o som das esferas
Planam as imagens da esperança
Vagando em um espaço infinito
Clamam as asas da lembrança
Para escaparem deste longo labirinto
Aonde guardam as feras?
Nas florestas de suas mentes
Quem vê as sombras das quimeras?
Onde guardam estrelas incandescentes?
Um vento sopra ensurdecedor
A teimar em meu ouvido
Neste plano em que estou
Ser puro é ser mais que atrevido
Não cresce sequer uma flor
Neste profundo breu
Saudade que me fez dor
Ao lembrar do amor que me deu
A noite em seu apogeu
Grandiosa feito rainha
Desassossego meu
Triste ilusão a minha
Perdi o rumo em meus devaneios
Pior foi perder teu coração
Achei o fim mas não os meios
De regressar desta escuridão
Agora estou em outra dimensão
E o silêncio em mim veio habitar
Não existe, portanto, outra razão
Porque meu destino é sonhar