abro a janela...
abro a janela...
deixo que a noite se adentre...
respirar...devagar...divagar...
a alma,em plena asfixia...
a ponto de uma catalepsia...
desperta pelo frio cortante da noite...
desperta pela fina dor, nesse açoite...
senta-se em seu espaço vazio...
um vácuo...uma pressão...um desatino...
palavras em convulsão...
transbordam pelas vias do coração...
permanece assim, sentada...sozinha...
olhando o infinito e sua imensidão...
pelas frestas pulsantes,da escuridão...