Promessa...
Volta menina, e arranca
De vez essa tua veste
Surrada.
O tempo,encolheu o teu vestido.
O amor,engoliu o teu gemido.
Não vá brincar mais descalça.
Os vidros moídos,já lhe feriram
Os pés.
O sol,por clemência...
Amornou,o seu alimento.
A dor,por decência...
Tornou-se um alento.
Volta menina!
Os teus afazeres,te chamam
Arruma os lençóis da tua cama
Eles clamam,com razão.
Molha as brasas,no quintal
O varal,já não suporta...
As tuas tortas vontades.
As tuas metades,tão duvidosas.
As tuas meninices, chorosas.
Volta menina,vem ser mulher.
Querer,já não basta.
Morrer,só te afasta
Do que lhe foi prometido...
Rasga,esse vestido.
Te espero,lá fora.