A SOLIDÃO DO REI
Senta-se o rei, em seu trono de pedra
Contempla, de cima, as súditas cabeças...
Não lhe enxergam os olhos, nem a dor que medra
As suas raízes, longas e espessas.
Pesa-lhe a coroa, pesam-lhe os anos
Através dos quais reina resoluto...
Pois o amor minguado que lhe vem dos súditos
É só pelo seu manto e cetro absolutos.
Pobre rei cansado, sentado em seu trono!...
Pois as muitas jóias em sua coroa
Não o livrarão de tanto abandono,
Nem evitarão sua existência à toa...
Às vezes o rei deseja descer
Da sua altitude e estar com seus súditos,
Talvez ele o faça, antes de morrer,
Quem sabe, ele tenha um pouco de júbilo?...
Lá de baixo, a turba o contempla feliz,
Desejado estar sentados em seu trono
Pois não ouvem nada do que o rei não diz
Não veem a tristeza que habita-lhe o sono!
Senta-se o rei, em seu trono de pedra
Contempla, de cima, as súditas cabeças...
Não lhe enxergam os olhos, nem a dor que medra
As suas raízes, longas e espessas.
Pesa-lhe a coroa, pesam-lhe os anos
Através dos quais reina resoluto...
Pois o amor minguado que lhe vem dos súditos
É só pelo seu manto e cetro absolutos.
Pobre rei cansado, sentado em seu trono!...
Pois as muitas jóias em sua coroa
Não o livrarão de tanto abandono,
Nem evitarão sua existência à toa...
Às vezes o rei deseja descer
Da sua altitude e estar com seus súditos,
Talvez ele o faça, antes de morrer,
Quem sabe, ele tenha um pouco de júbilo?...
Lá de baixo, a turba o contempla feliz,
Desejado estar sentados em seu trono
Pois não ouvem nada do que o rei não diz
Não veem a tristeza que habita-lhe o sono!