Prisioneiros
Prendo-te a mim
já que quero a liberdade
e o mundo me avisa das algemas
e és a fuga de minhas asas,
o brilho impuro do inviso,
a terra de estrelas
onde nunca andei.
Canto minha guerra
e as ruas aquartelam meu medo,
tua arma não me é mais segredo
e a morte anda, ronda e mata.
Cruzaste os ares meus
com tua ignorância embriagada,
és o luto de minhas palavras
que não podem mais nada dizerem.
Prendo-te a mim e saio ileso,
não há mais protesto.
Vou, sem saber se fico ou volto!!