Nublado
O silêncio da porta.
O cinismo da porta.
O mistério da porta.
Abre.
Entreabre.
Dissimula universos e ecos.
Enquanto a vida desemboca lá fora.
Enquanto as cinzas interrompem o pranto.
Goles de depressão e solidão desnuda sobre a cama.
Uma só carne.
Um só corpo.
Pêsames somente meus.
Nublado, poeta.
Fecha a porta!
Epicédio, Senhor.