Nublado

O silêncio da porta.

O cinismo da porta.

O mistério da porta.

Abre.

Entreabre.

Dissimula universos e ecos.

Enquanto a vida desemboca lá fora.

Enquanto as cinzas interrompem o pranto.

Goles de depressão e solidão desnuda sobre a cama.

Uma só carne.

Um só corpo.

Pêsames somente meus.

Nublado, poeta.

Fecha a porta!

Epicédio, Senhor.

Marcos Karan
Enviado por Marcos Karan em 13/07/2016
Código do texto: T5696432
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