Fantasma da chuva

Os raios trovejavam

Os ventos adentram

As gotas começam a cair

E eu queria fugir

Minha pele congelava

Meus pensamentos vagavam

Sentados em escada

Vazia e abandonada

Eu olhava o chão

E aqueles pingos batendo

Bem forte e estremecendo

Como as batidas do coração

Minhas unhas eram ruídas

Minha alma possuída

Pelo fantasma da chuva

Que operava minha solidão

Não tinham pessoas em volta

Eram almas a solta

E os demônios querendo aparecer

Eu querendo espairecer

Meus cabelos voavam

Na mesma direção que os ventos

E eu via meus pedaços aos relentos

Desperdiçados

O fantasma da chuva

Estavás em meu caminho.

Sofia do Itiberê
Enviado por Sofia do Itiberê em 13/07/2016
Código do texto: T5696080
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