Noite Agreste

Noite Agreste

Na noite silenciosa de frio,

Vestida de bruma sufocante,

Arrastam-se meus passos errantes

Na floresta ao longo do rio.

Sem rumo, meu vadiar tardio,

Num pensamento alucinante,

Os passos investem, qual bravio

Ser fantasma em modo rampante.

Nada me cerca, só este vazio

Do corpo insaciado de amante

Que, num sentimento fugidio,

Afaga, veloz, esse instante.

A chama irrompe no pavio,

Acende-se o cachimbo fumegante,

Envolvendo meu vulto sombrio,

Alheio à escuridão do caminhante.

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Poeta sem Alma
Enviado por Poeta sem Alma em 10/07/2016
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