Noite Agreste
Noite Agreste
Na noite silenciosa de frio,
Vestida de bruma sufocante,
Arrastam-se meus passos errantes
Na floresta ao longo do rio.
Sem rumo, meu vadiar tardio,
Num pensamento alucinante,
Os passos investem, qual bravio
Ser fantasma em modo rampante.
Nada me cerca, só este vazio
Do corpo insaciado de amante
Que, num sentimento fugidio,
Afaga, veloz, esse instante.
A chama irrompe no pavio,
Acende-se o cachimbo fumegante,
Envolvendo meu vulto sombrio,
Alheio à escuridão do caminhante.
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