Marcas de Solidão

Marcas de Solidão

Na alma pálida,

qual corpo volátil,

tenra e límpida,

marcas roxas

se cruzam.

Elevada e crua,

Castigo e prazer,

Estala a solidão

Como chicote

Rasgando o ar.

Tremem as almas

Se antecipando,

Querendo sofrer,

Temendo a dor.

Carícias cruéis

roendo impiedosas

em rudes golpes.

São chamas de dor,

gotas de sangue,

que perlam rubras

de regato mornos

traçando a ausência

Quisera essa alma

palavras suaves,

doces substitutas

Confortando a dor

acariciando as feridas

mãos serenas e frias

amando-a, beijando-a,

libertando-a dos medos...

Solidão, o chicote ferino

do desespero, da ira

das palavras sonegadas,

dos gritos mudos

E audíveis lamentos.

Minha solidão,

Minha amante,

Seduz e fere!!!

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Poeta sem Alma
Enviado por Poeta sem Alma em 01/07/2016
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