Marcas de Solidão
Marcas de Solidão
Na alma pálida,
qual corpo volátil,
tenra e límpida,
marcas roxas
se cruzam.
Elevada e crua,
Castigo e prazer,
Estala a solidão
Como chicote
Rasgando o ar.
Tremem as almas
Se antecipando,
Querendo sofrer,
Temendo a dor.
Carícias cruéis
roendo impiedosas
em rudes golpes.
São chamas de dor,
gotas de sangue,
que perlam rubras
de regato mornos
traçando a ausência
Quisera essa alma
palavras suaves,
doces substitutas
Confortando a dor
acariciando as feridas
mãos serenas e frias
amando-a, beijando-a,
libertando-a dos medos...
Solidão, o chicote ferino
do desespero, da ira
das palavras sonegadas,
dos gritos mudos
E audíveis lamentos.
Minha solidão,
Minha amante,
Seduz e fere!!!
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