Delírios acerca de Lucy
Amargo é o frio, intempéries que enrijecem a alma,
no trago quente da bebida amiga, companhia.
Preferida era a sua morada, que saudosa estima.
Se a deixa sozinha por um momento ou dois,
não procure a menina com o sol em seus olhos.
Seu coração, ela desenha no vidro embaçado.
Olhos lentos, fixos sobre algum vestígio de vida,
uma janela entre-aberta, um avião, uma planta,
a coisa mais comum, como a mais importante.
Os olhos preocupados se erguem
furtivos, opacos, insatisfeitos
com meditação sobre a verdade e o insignificante
o suficiente é só a certeza de que tu e eu existimos
neste momento, embora já não estejamos juntos