Quimera
Sim.
Experimentei nas manhãs solitárias
a doce ilusão de como seria estar contigo...
Deitada ao teu lado
olhando pro teu corpo
ainda adormecido,
e tua alma sempre viva
que amo sem nenhum motivo
em específico...
Escrevendo em tua pele
com as pontas dos meus dedos
apenas segredos meus e teus
enquanto sinto teu cheiro
de olhos fechados
sentindo arrepios por todos os lados
na espera de sentir o teu gosto
junto ao meu...
Teus olhos
agora sorrindo para mim
enquanto me enrola
em teu abraço
e me desfaço
como ao mundo eu vim.
Nossas palmas abraçadas...
Nossas almas lado a lado...
Num lapso de anseio te abracei.
Beijei o teu espírito,
e me assustei com a profundeza
disso.
Juro que te senti.
Juro que quase te vi!
Mas tudo que eu tinha
era o travesseiro
no vão dos meus braços
e a luz mínima
que atravessava
o vão do ‘blackout’.