Dá-me Qualquer Coisa

Dá-me uma taça de vinho

Dá-me um prato fumegante de comida caseira

Dá-me uma distração qualquer

Em forma de livro ou filme

Ou de lua e estrelas para contemplar

Dá-me qualquer coisa

Só não me dá companhia

Que não quero conversar

Quero a liberdade do escapismo

E não minha alma lida

Com seus dramas que são só meus

Hoje a solidão não dói

Hoje a solidão é tudo o que eu quero

Dá-me um bocadinho simples de escuridão

Dá-me um cobertor para eu fingir que gosto do frio

Dá-me sonhos serenos, que o furacão já passou

Dá-me uma semente de esperança, planto quando me sentir melhor

Dá-me qualquer coisa

Que cansei eu de ofertar sem nada receber em troca