MISTÉRIOS DO ENVELHECER . . .

eu me pergunto,

como é envelhecer,

em meio ao tempo das idades,

onde tempestades

temporais se formam,

quando juventude e alegria dormem,

e acordamos de um

profundo sono...

do desgaste e desengano

de uma era (?);

e ela -- a idade maldita --

perpassa como um bólido ultrajante,

entre sonhos dormitentes

de destino inconquistados;

acariciando anos

vertidos de promessas e enganos;

passeando em cada praça,

em cada banco,

e acorda, chorando,

entre cartas e dominós,

enxugando lágrimas,

histórias e rugas,

sem sequer perceber

que até as lembranças e saudades

vão se perdendo em esquecimento...

mas... um olhar, triste e aflito,

no 3 x 4, sacado da carteira,

e afinal, um sorriso de hoje;

uma frase do ontem:

-- Puxa, até que eu era bonito!

(Tadeu Paulo – 2007)