SODADE ARRETADA
Ai, amor, tô com sodade.
Uma sodade danada de grande.
Grande demais, prá guentá...
Fico triste, e em desespero, me amurrinho,
Sem sabê me segurá.
Quero chorá, num dô conta,
Meu coração, se assanha.
Quero morrê de paixão,
Sentindo uma coisa medonha.
Será amô, ou só sodade?
Será farta de carinho?
Acho que é uma comichão
Que me deixa em desalinho.
Quero morrê, quero gritá.
Sair correndo, sem assussegá,
Virá minha vida do avesso,
Até pudê te encontrá!