SOLIDÃO
É uma folha em final de outono,
pousando em silencio no chão...
O nada que sufoca os dias,
ausência das alegrias,
a alma que suspira em vão!
São madrugadas eternas,
ecos de um tempo passado...
A sina que a vida destina,
lembranças de quando menina,
e o sonho de lá ter voltado!
São olhos nas tardes frias,
sozinhos olhando a noite chegar...
Como uma solitária sereia,
como o mar beijando a areia,
como a areia beijando o mar!
São fugas sem testemunhas,
horas a beira da insanidade...
A morte em triste aquarela,
na moldura da nossa janela,
nos chamando à eternidade!
Edilson Souza