Queda livre

No abismo de minha alma mergulho,

Como na imensidão do espelho.

Nada enxergo... Não nego,

Completa escuridão, além do perigo.

Nenhuma brisa, só escuto a solidão,

Os meus pés soltos no ar.

Sem a luz como posso respirar?

A esperança, mera ilusão.

Nada tenho, tornou-se perene,

A dor constante se faz presente.

Na peleja de cada dia, ainda há quem pene,

No pulsar que não mais se sente.

A inquietude...

Perdeu-se na juventude.

Na alma de criança,

Passo a passo na andança.

Sem dó torturam o coração,

O aprisionam em seus grilhões.

Como o psicopata vive sem emoção,

Mais um na multidão, entre milhões.

Fabby (ana) Lima
Enviado por Fabby (ana) Lima em 23/04/2016
Código do texto: T5613583
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