Queda livre
No abismo de minha alma mergulho,
Como na imensidão do espelho.
Nada enxergo... Não nego,
Completa escuridão, além do perigo.
Nenhuma brisa, só escuto a solidão,
Os meus pés soltos no ar.
Sem a luz como posso respirar?
A esperança, mera ilusão.
Nada tenho, tornou-se perene,
A dor constante se faz presente.
Na peleja de cada dia, ainda há quem pene,
No pulsar que não mais se sente.
A inquietude...
Perdeu-se na juventude.
Na alma de criança,
Passo a passo na andança.
Sem dó torturam o coração,
O aprisionam em seus grilhões.
Como o psicopata vive sem emoção,
Mais um na multidão, entre milhões.