UMA POESIA SOBRE UMA SENHORA QUANDO SE ENCONTRA SÓ NUM BANCO DE PRAÇA
"Os passos não devem revelar outros rastros
E nem fazer murmúrios
Tudo ainda se desfaz
E busco encontrar algum refugio.
Dou de comer aos pássaros, na madrugada,
Como quem sustenta fugazes esperanças.
Mas, não deixe se levar pela noite
Não se encante.
Existem outros seres por aqui!
E deixo que se aproximem, de mim.
Tudo é transformação.
Nada parece ser tempo, não.
Existe um repousar das coisas, não esqueça.
Por isso os pés devem andar mudos.
Dou de comer aos pombos,
Como eles, serei livre também a partir de um instante.
Quisera eu compreender quando a Vida
Se redesenha em novas trilhas.
Para onde nos levam? Não sei!
Mas, o que importa também?!
Para se entender tudo isto
Linguagem nenhuma é preciso.
Basta se deixar ...
Que Tudo seja sentido.
Um dia hão de recordar
De alguém, que sentou-se aqui, uma senhora.
Foi uma imagem, outra sombra,
Que Teceu muitas vidas...
Agora,
Na Grande Memória, submergida."