Passos solitários

E o momento vai dividindo solidão

Ouvindo os ecos de passos distantes

Clamor depois do muro, consolação

Pequena, e vai se tornando gigante

E a inspiração às vezes some, volta

Escolhe uma hora, outra se recolhe

Por um tempo prende, depois solta

E assim vai, as linhas então escolhe

Planta uma imensa saudade, doída

Dentro do coração do poeta, aperta

Deixa lágrima secar, depois de caída

Uma canção solo se ajeita, se acerta

E cada nota é como uma despedida

Vai e vem a vida, busca a felicidade

Mas olhando para trás, fica perdida

E do alto, prateada Lua, vela a cidade.