POESIA – O que restou de mim – 11.04.2016
 
 
São 4.27 horas da manhã. Estou muito doente e sozinho, com insônia.  A minha mulher, que é o meu suporte, foi conduzida pela segunda vez consecutiva ao hospital, onde teve de ficar internada. E assim nem sequer pude acompanhá-la, ela que sempre esteve comigo em todos os eventos de doença -- isso pra mim me traz grande desgosto --, e também estará no momento certo de minha morte física, se bem que me considero clinicamente morto.
 
POESIA – O que restou de mim – 11.04.2016
(Na madrugada)
 
 
 
Já não tenho vontades ou mesmo comando,
A minha voz altiva nem sequer faz eco,
Estou assim como que vegetando,
Na verdade, não passo de algum treco...
 
Não sou levado mais em conta,
Minha proposta que antes era boa,
Hoje não passa de opinião tonta,
De modo que ninguém embarca na canoa...
 
Será que a isso se pode chamar de vida?
Será que foi pra isso que nasci?
Ou quem sabe não sinta, mas morri...
 
Pra que viver assim tão desacreditado...
Isso pra mim me indica despedida,

Cansei de ser eternamente amargurado.
 
Ansilgus
ansilgus
Enviado por ansilgus em 11/04/2016
Código do texto: T5601454
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2016. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.